A marcha lenta é uma prática comum na gestão de frotas, mas o que muitos gestores não percebem é que ela pode causar impactos profundos nos veículos e no orçamento da empresa.

Manter o motor ligado enquanto o veículo está parado parece inofensivo, mas, com o tempo, essa prática pode aumentar os custos operacionais, desgastar o motor e prejudicar o meio ambiente.

Neste artigo, vamos explorar os principais impactos da marcha lenta e como você pode monitorá-la e reduzi-la, otimizando a eficiência da sua frota.

O Que é Marcha Lenta?

A marcha lenta ocorre quando o veículo está parado, mas o motor permanece ligado. Isso é frequente em operações de carga e descarga, paradas em congestionamentos ou até mesmo enquanto os motoristas aguardam instruções. 

Embora pareça uma prática natural, o tempo excessivo parado com motor ligado pode causar grandes prejuízos para a frota.

Existem dois tipos:

  • Marcha lenta de trabalho: ocorre em situações inevitáveis, como manobras ou tráfego pesado.
  • Marcha lenta desnecessária: quando o veículo está parado e o motor segue ligado sem justificativa, como para manter o ar-condicionado funcionando.

Impactos da Marcha Lenta na Frota

Esse tipo de prática também traz impactos diretos em diversas áreas da operação de uma frota, especialmente no consumo de combustível, na manutenção dos veículos e nas emissões de poluentes.

Vamos analisar esses pontos de forma mais detalhada:

1. Consumo Elevado de Combustível

O impacto mais imediato é o aumento do consumo de combustível. Um veículo leve pode consumir entre 2,5 e 3 litros por hora em marcha lenta, mas se o ar-condicionado estiver ligado, esse número pode dobrar.

Isso se traduz em um gasto desnecessário e elevado, que pode ser evitado com boas práticas.

2. Desgaste do Motor

Manter o veículo parado com o motor ligado compromete a lubrificação do motor, aumentando o atrito entre os componentes. 

Em marcha lenta, a circulação de óleo é insuficiente para proteger o motor adequadamente, acelerando o desgaste de peças essenciais como pistões e bielas. Isso eleva os custos com manutenção e reduz a vida útil do motor.

3. Impacto Ambiental

Além dos custos financeiros, a marcha lenta contribui para o aumento das emissões de CO? e outros gases poluentes. Em veículos pesados, o impacto ambiental é ainda maior, prejudicando os esforços da empresa em adotar práticas mais sustentáveis.

Como Monitorar e Reduzir a Marcha Lenta

A redução da marcha lenta começa com o monitoramento adequado e o uso de ferramentas que permitam um controle mais eficaz.

Além disso, boas práticas de condução e políticas claras podem ajudar a minimizar os impactos negativos da marcha lenta.

1. Uso de Tecnologias e Ferramentas

O monitoramento da marcha lenta deve ser uma prioridade para qualquer gestor de frotas. Ferramentas como o Contele Fleet oferecem relatórios detalhados sobre o tempo em que cada veículo permanece em marcha lenta, facilitando a identificação de padrões e permitindo ações corretivas rápidas. Com esses dados, é possível criar metas de redução e acompanhar a evolução da frota.

2. Boas Práticas para Motoristas

Educar os motoristas sobre a importância de evitar a marcha lenta é fundamental. Dicas simples, como desligar o motor em paradas prolongadas ou evitar o uso do ar-condicionado quando o veículo estiver parado, podem fazer uma grande diferença nos resultados operacionais. A conscientização é o primeiro passo para mudar comportamentos.

3. Políticas Internas e Treinamentos

A implementação de políticas internas claras, aliada a treinamentos contínuos, é uma das melhores formas de reduzir a marcha lenta. 

Estabeleça regras que limitem o tempo em marcha lenta e incentive os motoristas a adotar práticas mais econômicas. Programas de premiação também podem ser uma maneira eficaz de motivar os motoristas a melhorar seu desempenho.

4. Análise de Dados e Relatórios

Utilizar relatórios de telemetria, oferece uma visão clara dos dados operacionais da frota. 

Com essas informações, é possível identificar os maiores ofensores dessa prática e agir de maneira proativa para corrigir desvios. A análise contínua dos relatórios permite que a empresa ajuste suas políticas e melhore sua eficiência.

Benefícios de Reduzir a Marcha Lenta

Ao adotar práticas de redução do tempo parado com motor ligado, a frota não só se torna mais eficiente como também colhe benefícios financeiros e operacionais a longo prazo.

1. Economia de Combustível Diminuindo a Marcha Lenta

Ao reduzir o tempo parado com motor ligado, sua empresa pode economizar uma quantidade significativa de combustível. Quanto maior a frota, maior será o impacto positivo no orçamento mensal.

2. Aumento da Vida Útil do Motor

Motores que operam em condições ideais duram mais. Reduzindo a marcha lenta, você diminui o desgaste e prolonga a vida útil dos veículos, reduzindo os custos com manutenção e reposição de peças.

3. Melhoria na Eficiência Operacional Eliminando a Marcha Lenta

Menos tempo parado significa maior disponibilidade dos veículos para o trabalho. Reduzir o tempo parado com motor ligado pode melhorar a produtividade da frota e garante que os veículos estejam sempre prontos para operar quando necessário.

4. Contribuição para a Sustentabilidade

Empresas que reduzem a marcha lenta também contribuem para a sustentabilidade ambiental, diminuindo suas emissões de carbono. Isso é cada vez mais importante para o mercado, especialmente para empresas que buscam alinhar seus valores com práticas mais ecológicas.

Para controlar essa prática nociva de maneira eficaz e otimizar a gestão da sua frota, é fundamental contar com a tecnologia certa.

O Contele Fleet, além de ser um sistema completo de gestão de frotas, oferece uma solução poderosa para o monitoramento preciso do tempo em que os veículos permanecem parados com motor ligado. 

Com relatórios detalhados e em tempo real, você pode identificar excessos, aplicar correções rápidas e reduzir os custos operacionais.

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Autor

O meu nome é Julio César, CEO da Contele Rastreador e autor deste blog. Graduado em Engenharia Eletrônica e em Processamento de Dados e MBA em Gestão Empresarial pela FGV.