O controle de pneus da frota é um dos pilares da gestão de veículos comerciais, sejam eles leves ou pesados. Os pneus são, frequentemente, o segundo maior custo de uma frota, atrás apenas do combustível, e ainda exercem influência direta no consumo de diesel, na segurança da operação e na disponibilidade dos veículos.
Ignorar a gestão correta dos pneus pode resultar em desperdícios, falhas mecânicas, acidentes e prejuízos operacionais. Já uma gestão bem executada é capaz de gerar economia significativa, ampliar a vida útil dos pneus e garantir maior controle sobre a operação na totalidade.
Neste artigo, você vai entender como estruturar o controle de pneus da frota de forma profissional e eficiente.
Conteúdo
Por que o Controle de Pneus é Essencial na Gestão de Frotas?
Gerenciar corretamente os pneus de uma frota é mais do que uma boa prática: é uma medida estratégica. O desempenho, a durabilidade e o custo de operação dos pneus tem impacto direto em:
- Custos com manutenção corretiva e preventiva;
- Consumo de combustível;
- Desempenho dos veículos em diferentes terrenos;
- Segurança da carga, do condutor e do veículo;
- Disponibilidade da frota;
- Recorrência de paradas não planejadas.
Com o controle adequado, é possível estender a vida útil dos pneus, planejar recapagens com segurança, identificar padrões de desgaste e tomar decisões com base em dados concretos.
Quando Começar o Controle de Pneus da Frota?
Independentemente do tamanho da frota, o controle de pneus é válido e necessário. É um erro comum acreditar que somente grandes empresas precisam desse tipo de gestão de pneus. Mesmo frotas com dois ou três veículos podem obter ganhos significativos ao implantar um controle básico.
A proporção dos resultados será equivalente ao tamanho da operação, mas o impacto financeiro e operacional é sempre relevante.
Principais Erros na Gestão de Pneus
Antes de estruturar o controle, é importante reconhecer os erros mais comuns cometidos por gestores e motoristas:
1 – Falta de identificação individual dos pneus
Sem uma numeração única, é impossível acompanhar a quilometragem rodada, o histórico de recapagens ou os motivos de descarte de cada pneu.
2 – Adoção de pneus inadequados para o tipo de operação
A escolha do pneu precisa considerar:
- Tipo de veículo;
- Peso transportado;
- Condições de rota (urbana, rodoviária, mista);
- Frequência de parada e aceleração;
- Temperatura média de operação.
Ignorar essas variáveis compromete a performance e a durabilidade dos pneus.
3 – Realizar manutenção apenas de forma reativa
Calibragens irregulares, desalinhamento e falta de rodízio são causas comuns de desgaste prematuro e aumento no custo por quilômetro (CPK).
4 – Substituir pneus apenas pelo preço
Focar exclusivamente em preço de aquisição, sem avaliar a durabilidade e a aplicação correta, resulta em baixo retorno sobre o investimento.
Como Estruturar o Controle de Pneus da Frota
Para garantir um controle de pneus eficiente, é necessário combinar processos, tecnologia e capacitação. A seguir, veja os pilares fundamentais:
1 – Cadastro individual dos pneus
Cada pneu deve ter um número de identificação único. Com isso, é possível:
- Acompanhar o ciclo completo de uso;
- Saber quando e onde ele foi montado;
- Registrar recapagens e consertos;
- Avaliar a performance por posição e veículo.
2 – Registro da quilometragem
A quilometragem deve ser acompanhada por veículo e por pneu. Se a frota utiliza carretas com eixos suspensos, é importante usar tecnologias ou sistemas que consigam estimar corretamente o quanto cada pneu rodou, evitando distorções nos dados.
3 – Controle de pressão e calibragem
Manter a calibragem correta é um dos fatores que mais influenciam na vida útil dos pneus e no consumo de combustível. O controle deve considerar:
- Tipo de carga;
- Condições de rota;
- Frequência de verificação (preferencialmente semanal);
- Equipamentos e calibradores confiáveis.
4 – Rodízio e emparelhamento técnico
O rodízio precisa ser feito com base em critérios técnicos, não apenas por tempo ou quilometragem. Para veículos leves, por exemplo, recomenda-se rotacionar os cinco pneus (incluindo o estepe) a cada 5.000 km no sentido horário, para garantir desgaste uniforme.
Em veículos pesados, o rodízio deve levar em conta:
- Tipo de suspensão;
- Reações de apoio;
- Desgaste por lado;
- Topografia da rota.
5 – Controle de Recapagens
A recapagem é uma estratégia eficiente para ampliar a vida útil dos pneus e reduzir custos, desde que:
- As carcaças estejam em boas condições;
- O histórico do pneu justifique o reaproveitamento;
- O processo seja feito por fornecedores confiáveis.
A decisão de recapear ou descartar deve ser técnica, baseada na análise da carcaça e do desempenho anterior.
Fatores que Influenciam a Durabilidade dos Pneus
Não existe uma quilometragem fixa para determinar a durabilidade de um pneu, mas alguns fatores aumentam significativamente sua vida útil:
- Manutenção em dia (alinhamento, balanceamento, suspensão);
- Direção defensiva e consciente;
- Calibragem correta e regular;
- Condições das estradas;
- Aplicação correta do pneu ao tipo de serviço.
Por exemplo: um pneu 295 para caminhão truck pode rodar desde 50.000 km até mais de 110.000 km, dependendo da operação, da manutenção e da direção adotada pelo motorista.
Como Armazenar Corretamente os Pneus da Frota
O armazenamento também faz parte do controle de pneus da frota. Pneus mal estocados perdem desempenho e se deformam, mesmo sem rodar.
Recomendações práticas:
- Armazene os pneus em pé, e não deitados;
- Em caso de empilhamento, limite a altura a no máximo 8 pneus;
- Gire a pilha a cada 25 dias para evitar deformações;
- Pneus agrícolas e especiais nunca devem ser empilhados;
- Evite contato direto com o chão, utilize pallets ou plataformas.
Quais Indicadores Acompanhar?
Para avaliar a eficácia do controle de pneus, é fundamental acompanhar indicadores (KPIs), como:
- Custo por quilômetro (CPK) de cada pneu e por veículo;
- Índice de recapabilidade;
- Taxa de descarte precoce;
- Tempo médio de uso por ciclo;
- Quilometragem média por tipo de aplicação.
Esses dados permitem ajustes rápidos e decisões mais estratégicas.
Conhecimento Técnico é a Chave do Sucesso
A gestão de pneus exige conhecimento específico. Boa parte dos erros na gestão de frotas ocorre por desconhecimento técnico ou pela ausência de processos padronizados.
Ao dominar os conceitos de desgaste, pressão ideal, recapagem, emparelhamento e escolha de pneus por aplicação, o gestor de frotas consegue:
- Reduzir drasticamente os custos operacionais;
- Melhorar a disponibilidade da frota;
- Aumentar a segurança do transporte;
- Justificar investimentos e decisões com base em dados.
Capacitar-se ou contar com o apoio de especialistas é uma ação estratégica, não um custo adicional.
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