Recebo muitas perguntas sobre como enganar o radar, e se isso é realmente possível.
É claro que tem como enganar o radar de velocidade, isso é totalmente possível.
Eu recebo essa pergunta de muitos gestores de frota que, às vezes, por necessidades do dia a dia, precisam que seus condutores cheguem mais rápido para entregar os produtos ou prestar um serviço.
Existem diversas formas de enganar o radar de velocidade.
A mais comum é simples: basta orientar o condutor a reduzir a velocidade próxima ao radar e, quando passar dele, voltar acima do permitido.
O que eu pergunto é: Você estará enganando a quem?
Existem diversos problemas que podem surgir na frota por causa dessa prática.
Resolvi gravar uma entrevista para o meu canal no YouTube, mostrando o que você ganha e perde fazendo isso:
Conteúdo
O que a empresa ganha enganando o radar?
A empresa que trabalha sem planejamento das atividades da frota, sempre com urgência para não chegar atrasado no cliente, e coisas do tipo, é uma das maiores usuárias dessa prática.
Em alguns casos, as empresas cometem dois erros: (1) ligar para o condutor enquanto ele está ao volante e (2) exigir que ele ande acima da velocidade permitida, para chegar mais rápido.
Quem gerencia os veículos, seja gestor da frota ou mesmo o dono da empresa, precisa entender quais são os ganhos e perdas de se orientar os condutores a praticarem isso.
Enganando o radar, as empresas ganham:
Mais acidentes;
Andar acima da velocidade pode diminuir o tempo de frenagem dos veículos.
Com esse tempo de resposta reduzido, as chances de causar um acidente fatal aumentam em 60%, segundo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além de todos os prejuízos financeiros para a empresa, em um país com 47 mil mortes por ano no trânsito, segurança no trânsito não pode ser um assunto chato.
Multas;
O excesso de velocidade corresponde a cerca de 40% das multas sofridas pelos condutores.
Mesmo que o condutor consiga enganar um radar ou outro, o costume da cultura de excesso de velocidade nas empresas faz com que a multa chegue, cedo ou tarde.
Além de correr risco de tomar a multa NIC (Não Identificação do Condutor), o valor da multa de excesso de velocidade pode variar de acordo com o que foi aferido pelo radar.
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Desgaste do veículo;
Em reportagem para a Folha de Londrina, o consultor automotivo e especialista em segurança veicular e de trânsito, Marcus Romero, explicou que o comportamento do motorista no volante pode diminuir a longevidade das peças de um automóvel.
Na mesma reportagem, o especialista do Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI), Gerson Burin, mostrou que os pneus não se desgastam só com a rolagem, mas também com curvas, acelerações e frenagens.
Isso tudo mostra que incentivar a prática de “freia e acelera” nos radares, pode implicar em maior desgaste das peças dos veículos, aumentando os custos da frota.
Consumo de combustível;
Essa prática de condução de “freia e acelera” também aumenta em cerca de 30% o consumo de combustível.
Inclusive, o modo de condução é o principal fator de mudança no consumo dos veículos.
Incentivar uma condução insegura e não econômica, só aumentará os gastos com abastecimentos na empresa.
Como resolver esse problema?
Acredito que existem duas formas de resolver esse problema.
A primeira, é terceirizar a responsabilidade, deixando que o governo estabeleça regras mais rígidas e aumente a fiscalização de trânsito.
Como por exemplo, os radares de ponto a ponto, que identificam as velocidades médias do veículo pelo percorrer da rodovia, considerando uma média (que não pode ser acima da velocidade permitida).
A segunda forma – e a mais correta, é a própria empresa se responsabilizar pelo o que é dela.
Isso só é possível, estabelecendo uma política de frota e controlando a velocidade dos veículos.
Política de Frota
A política de frota é um documento elaborado com a participação de todos os setores que envolvem a frota de veículos de uma empresa.
O documento é onde se organiza tudo relacionado a utilização dos veículos, desde a gestão de fornecedores até os procedimentos internos dos setores envolvidos com a frota.
Basicamente, na política de frota, a empresa pode determinar qual é a velocidade máxima que os veículos podem ser conduzidos.
Com a assinatura dos condutores, todos ficam cientes disso e a empresa ganha segurança jurídica com o documento.
Você pode ver mais sobre a política de frota e baixar um modelo no post abaixo:
Modelo de Política de Frota: como implementar uma em sua empresa
Controlando a Velocidade dos Veículos
Não basta apenas estabelecer a velocidade máxima dos veículos, é necessário monitorar se realmente a política de frota está sendo seguida.
Em sistemas de gestão de frotas, como o Contele Rastreador, é possível estabelecer o limite de velocidade dos veículos, inclusive em determinados locais.
Caso alguém ultrapasse a velocidade máxima configurada no sistema, são enviadas notificações no mesmo instante, para o aplicativo e e-mail de quem é responsável pelos veículos.
Conheça agora como o nosso sistema de gestão de frota pode te ajudar a acompanhar tudo isso, acesse nossa página: Contele Rastreador.
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