O tacógrafo na gestão de frotas vai além de registrar a velocidade máxima. Com as informações dele, você pode ter o tempo de trabalho do motorista e o tempo de parada.

Mas você sabe como o tacógrafo funciona de fato, e quais veículos são obrigatórios para o uso? 

Neste post, trouxe o especialista Eros para esclarecer todas as dúvidas e bater um papo comigo sobre a importância do tacógrafo na gestão de frotas.

O que é e para que serve o tacógrafo?

O registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo, conhecido como tacógrafo, é um equipamento que vem de fábrica na maioria dos veículos de grande porte.

Ele tem como função mensurar a velocidade do veículo pelo tempo e pela distância percorrida.

Essas informações são utilizadas pelo gestor de frotas para: 

  • Identificar motoristas que ultrapassam o limite de velocidade estipulado pela empresa;
  • Verificar se o motorista está fazendo pausas conforme a Lei do Descanso;
  • Utilizar como documento jurídico em caso de acidentes.

No tacógrafo analógico, o responsável pelo preenchimento pode:

  • Preencher o nome do condutor;
  • Local, data de início e término de viagem;
  • Identificação do veículo;
  • Início e fim da indicação do hodômetro;
  • Informações sobre a fabricação do tacógrafo.

Obrigatoriedade na lei e tipos de tacógrafo

O uso do tacógrafo é obrigatório no Brasil para certos tipos de veículos de acordo com o Art. 105, parágrafo II, do Código de Trânsito Brasileiro:

“Para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo.”

Eros Ferreira

“Em casos de acidentes, o único que pode retirar e aferir o tacógrafo é um perito da polícia, pois o tacógrafo servirá de documento para levar ao juiz e comprovar se o acidente foi causado por excesso de velocidade ou não.”

Eros Ferreira

Hoje em dia, existem dois tipos de tacógrafo:

  • Analógico: Disco feito de papel de uso diário ou semanal.
  • Digital: Utiliza uma bobina como as de cupom fiscal, para mostrar as informações registradas.

Na imagem abaixo, os riscos representam as velocidades que o veículo teve durante o uso.

Tacógrafo Analógico

Quais são os erros mais comuns ao se preencher um tacógrafo?

Nas comunidades de gestores que participo, eu percebo que quando o assunto é tacógrafo na gestão de frotas, um dos principais motivos de reclamações é sobre o motorista não preenchê-lo corretamente.

Para não sobrar dúvidas, Eros Ferreira explica que o ponto mais importante é o condutor registrar a quilometragem inicial e final do odômetro.

Sendo assim, as informações necessárias são:

  • Data de início da operação;
  • Placa do veículo;
  • Identificação dos condutores
  • Quilometragem inicial e final;
  • Total da distância percorrida.

Qual a responsabilidade do gestor de frota com o tacógrafo?

O tacógrafo é um equipamento que precisa ser aferido e verificado com frequência pelo gestor.

A cada dois anos, o responsável pelos tacógrafos deve fazer a aferição deles.

Por conta disso, é recomendável que se faça essa gestão a partir de um relatório, onde você possa armazenar todas as informações e datas de aferições.

Como o tacógrafo pode ajudar na gestão de frota?

Do ponto de vista do gestor, o tacógrafo é um item que, junto com um sistema de rastreamento, vai comprovar as informações de velocidade e distância percorrida.

Porém, ele vai além desse ponto.

O tacógrafo protege o motorista de eventuais demissões por conta do acidente, afinal, por conta do registro de velocidade, o condutor pode provar que dirigia dentro dos limites.

Por conta disso, é importante o gestor de frota ter esse diálogo com os motoristas, para que a frota seja mais segura.

Leia também: Treinamento dos Motoristas da Frota: Faça você mesmo e veja os resultados!

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Autor

O meu nome é Julio César, CEO da Contele Rastreador e autor deste blog. Graduado em Engenharia Eletrônica e em Processamento de Dados e MBA em Gestão Empresarial pela FGV.