De fato, a redução de custo com pneus é uma das estratégias mais impactantes para aumentar a rentabilidade e, consequentemente, a disponibilidade de uma frota. Além disso, em um cenário no qual os pneus representam o segundo maior gasto operacional — perdendo apenas para o combustível —, adotar práticas de gestão profissional faz toda a diferença.

Portanto, com base nas práticas do especialista Antônio Xavier, Dr. Pneu, este artigo vai detalhar como estender a vida útil dos pneus, combater desperdícios e, na prática, alcançar economias de até R$ 1 milhão por ano.

Por que Investir na Redução de Custo de Pneus

Antes de qualquer ação, é fundamental entender o peso desse item no orçamento, pois somente assim é possível priorizar as iniciativas:

  • Custo unitário elevado: um pneu 295 rodoviário custa, em média, R$3.000;
  • Frota “equipada”: uma carreta LS com 22 pneus totaliza R$ 66.000 em investimentos iniciais;
  • Desgastes prematuros: compras frequentes elevam despesas e prejudicam a disponibilidade.

Entretanto, ao direcionar atenção a esses pontos, você estabelece a base para um programa sustentável de redução de custos.

Como calcular o custo por milímetro de pneu

Em seguida, para quantificar desperdícios, calcule o custo por milímetro de banda de rodagem:

  1. Preço total do pneu: valor de aquisição de um pneu novo;
  2. Profundidade total utilizável (milímetros);
  3. Fórmula:
    Custo por mm = Preço do pneu ÷ Profundidade (mm)

Exemplo:

  • Preço: R$ 2.800;
  • Profundidade: 16mm
  • Custo por mm = R$ 2.800/16mm = R$175,00/mm

Principais Vilões do Desgaste de Pneus

Antes de definir ações corretivas, identifique os fatores que mais aceleram o consumo de cada pneu:

  • Seleção inadequada de pneus: optar por compostos, índices de carga ou padrões de uso que não atendem às condições reais de operação (terreno, carga ou velocidade);
  • Recapagem de baixa qualidade: escolher serviços ou materiais que não garantem durabilidade suficiente, obrigando novas recapagens antes do previsto;
  • Pressão de trabalho incorreta:
    • Baixa pressão – desgaste acentuado nos ombros;
    • Alta pressão – desgaste excessivo no centro da banda de rodagem.
  • Desalinhamento (paralelismo): eixos fora de especificação provocam contato desigual no solo, gerando pontos de desgaste irregular;
  • Emparelhamento desigual: misturar pneus de marcas, perfis ou níveis de desgaste diferentes no mesmo eixo aumenta a fadiga mecânica de cada unidade.

Práticas para prolongar a vida útil dos pneus

Para maximizar o retorno sobre o investimento de tal forma que possa reduzir o custo por quilômetro, você pode adotar as seguintes rotinas de manutenção de pneus:

  • Medição periódica de sulco

Primeiramente, faça o uso de profundímetros digitais ou mecânicos e, em seguida, registre cada leitura em planilhas de controle, comparando as profundidades em diferentes canais de rodagem.

  • Calibragem regular

Além disso, estabeleça também ciclos de checagem a cada 10 000–15 000 km, facilitados por prolongadores de válvula e sistemas de purga de ar.

  • Alinhamento e balanceamento

Realize verificações de paralelismo por eixo (custo médio: R$ 140–160) para evitar que o desgaste assimétrico reduza a vida útil.

  • Rodízio preventivo

Alterne os pneus entre as posições conforme os padrões de desgaste observados, distribuindo uniformemente a fadiga e o aquecimento da carcaça.

  • Treinamento de motoristas

Além disso, capacite-os em técnicas de condução que preservem os pneus — como o uso do freio-motor e frenagens suaves — e, da mesma forma, no correto preenchimento de checklists diários de inspeção.

Exemplo prático de economia de R$ 1 milhão por ano

Para ilustrar a eficiência do método, considere uma frota de 200 rodotrens (6 800 pneus em solo):

  • Inspeção amostral

300 pneus medidos ? 35 % (105) com desgaste irregular médio de 2,7 mm.

  • Cálculo do prejuízo na amostra
    • Custo por mm: R$ 175;
    • Prejuízo por pneu: 2,7 mm × R$ 175 = R$ 472,50;
    • Total amostral: 105 × R$ 472,50 = R$ 49 612,50.
  • Projeção anual
    • 6 800 × 35 % = 2 380 pneus
    • 2 380 × R$ 472,50 = R$ 1 124 550,00.

Consequentemente, em frotas menores (50 rodotrens ? 1 700 pneus), o mesmo cálculo indica desperdício de R$ 281 625,00/ano.

Plano de ação em cinco etapas

  • Diagnóstico inicial: realize amostragem com profundímetro e calcule o custo por milímetro;
  • Padronização de processos: institua políticas claras de calibragem, alinhamento e rodízio de pneus;
  • Ferramentas adequadas: invista em profundímetros, prolongadores de válvula e checklists digitais;
  • Capacitação contínua: treine motoristas e equipe de manutenção em práticas preventivas de forma objetiva;
  • Monitoramento e ajustes: acompanhe mensalmente os indicadores, revise processos e apresente resultados à diretoria.

Ferramentas e processos recomendados

Portanto, para apoiar a gestão e o monitoramento contínuo:

  • Profundímetro digital (R$ 80–300) para medições precisas de sulco;
  • Planilhas de controle: registre data, posição, profundidade e quilometragem;
  • Checklists digitais ou impressos para motoristas reportarem irregularidades em tempo real;
  • Relatórios gerenciais: consolide indicadores de CPK (custo por quilômetro), percentual de desgaste irregular e economia obtida.

Por fim, ao implementar esse método de gestão profissional de pneus, a redução de custo com pneus deixa de ser meta teórica e se torna uma fonte de economia real, melhorando a performance, a segurança e a sustentabilidade da sua frota.

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Autor

O meu nome é Julio César, CEO da Contele Rastreador e autor deste blog. Graduado em Engenharia Eletrônica e em Processamento de Dados e MBA em Gestão Empresarial pela FGV.