O objetivo da direção extraeconômica é dar segurança operacional para seus condutores, reduzir custos com consumo e manutenção, e aumentar a eficácia dos veículos.

Neste post, conversamos com o consultor e especialista de direção Luiz Antônio Pigozzo, para mostrar a importância da condução extraeconômica e como implantar um padrão operacional de condução na sua empresa:

Sobre Luiz Pigozzo

Para quem não conhece, Luiz Pigozzo é consultor, palestrante e instrutor de Condução Extraeconômica.

Porém, sua carreira como instrutor e figura pública começou há 6 anos atrás, antes disso, Pigozzo trabalhou em uma montadora de caminhões por 35 anos, e logo após se aposentar, começou a ministrar aulas na FABET, fundação conceituada em formar motoristas.

Toda essa bagagem fez ele enxergar as dificuldades desse setor, o que o incentivou a pesquisar informações do setor nos países de referência no transporte, como o EUA, Noruega e Alemanha.

Isso tudo levou a criação do livro Consumo de Combustível – Uma Questão de Atitude, e sua contribuição no seu canal do Youtube para milhares de condutores.

Padrão Operacional de Condução

Segundo Pigozzo, “a principal função do gestor é levar facilidade para o motorista para ele ser o melhor”.

Trazer facilidade para o condutor tem como objetivo fazê-lo utilizar o veículo com 100% de eficiência.

E para alcançar os 100% de eficiência, precisamos entender o porquê não alcançamos ainda:

  • Uma frenagem 100% eficiente;
  • Consumo de combustível baixo;
  • Aceleração média ideal;
  • Entre outras coisas.

Na maioria das vezes, falta um treinamento para padronizar a condução do motorista, e é neste momento que entra o treinamento do condutor e o padrão operacional de condução com direção extraeconômica.

O padrão operacional de condução é uma metodologia que se baseia em 3 pilares, que são:

  1. Pessoas;
  2. Processos;
  3. Tecnologia.

A partir desta metodologia, é possível:

  • Reduzir os custos operacionais (manutenção, combustível, pneus);
  • Reduzir o risco de acidentes;
  • Padronizar a operação;
  • Reduzir o tempo de treinamento dos condutores em sala;
  • Criar uma disputa saudável em busca de bons resultados.

Leia também: Treinamento dos Motoristas da Frota: Faça você mesmo e veja os resultados!

Como inserir este processo no cotidiano do motorista?

É importante que fique claro para o gestor que o treinamento não é feito apenas em sala de aula, mas em diversos outros ambientes, formatos e abordagens.

As principais são:

1. Infográfico:

Podemos dizer que o motorista já está acostumado com infográficos, afinal, as próprias placas de trânsito são infográficos.

Utilizar deste material pode ser benéfico para levar informações básicas e essenciais para acesso rápido no veículo, que pode ser deixado no porta-luvas e lido durante os intervalos do condutor.

2. Feedbacks:

Neste formato, o gestor acompanharia o desempenho do motorista através de um sistema de telemetria e rastreamento, identificando o que melhorou, e o que ainda precisa mudar.

3. Procedimento Operacional Padrão:

Conhecido também como POP, é muito utilizado em empresas para documentar e definir uma ou mais atividades de um setor.

Esta prática pode ser utilizada também para motoristas, onde assim como o infográfico, pode ser consultado nos seus momentos fora do volante, com o intuito de refrescar sua memória sobre as condutas que deve ter com o veículo.

Conclusão

Como visto, o primeiro passo a ser dado é entender o que impede que seus condutores atinjam 100% de eficiência com os veículos da frota, e após isso, aplicar o Padrão Operacional de Condução.

Durante a Live, Luiz Pigozzo abordou esse e outros assuntos que vale muito a pena assistir, além de responder dúvidas dos espectadores.
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Autor

O meu nome é Julio César, CEO da Contele Rastreador e autor deste blog. Graduado em Engenharia Eletrônica e em Processamento de Dados e MBA em Gestão Empresarial pela FGV.