Muitas vezes, a gestão de frotas em empresas prestadoras de serviços é inexistente, porém ela é necessária e tem suas peculiaridades.
Hoje vamos mostrar 5 itens que o responsável pelos veículos precisa cuidar na empresa, seja ela do segmento de segurança, entregas, ou alguma outra prestação de serviço.
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O que são empresas prestadoras de serviços?
Uma empresa que utiliza o veículo como ferramenta de trabalho, e não classifica o transporte como produto final, é uma empresa prestadora de serviço.
Além disso, estes motoristas não são obrigados a ter o EAR na CNH, apenas se quiserem ter os benefícios dos pontos e de reciclagem. Confira alguns exemplo de segmentos:
- Segurança eletrônica;;
- Telecomunicações;
- Refrigeração;
- Lavanderias;
- Manutenção de elevadores;
- Segurança Patrimonial.
Em muitos casos, as empresas não contam com um gestor de frota para cuidar desses veículos, passando a responsabilidade para outros setores que, em muitos casos, não possuem experiência na área, o que gera um custo elevado para a empresa.
Para que seja frisada a importância de um gestor de frota em uma empresa prestadora de serviços, precisamos ver o que o Código de Trânsito Brasileiro fala no artigo 310:
“Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança”.
Ou seja: a responsabilidade do veículo é da empresa. Então, em qualquer caso de acidente ou problema que envolva o veículo, é a empresa que responderá judicialmente e que pagará a indenização.
Os 5 segredos ocultos
Logo após entender da importância de um gestor de frota para uma empresa prestadora de serviço, vou te apresentar os 5 principais itens que precisa manejar na empresa para garantir o seu funcionamento pleno, sem intercorrências ou preocupações.
1. Aspectos jurídicos para empresas prestadoras de serviços
Uma boa gestão de frotas para empresas prestadoras de serviços precisa estar atenta aos tipos de processos que ela pode levar:
- Criminal: em casos de acidentes com o colaborador ou com envolvimento de terceiros;
- Trabalhista: promovendo condições seguras de trabalho, com manutenções regulares do veículo e descontos da multa da maneira correta;
- Cível: acidentes sem vítimas, apenas com danos materiais. O veículo deve estar em plenas condições para uso, garantindo a segurança do colaborador e de terceiros.
Em outro post, eu contei um caso real que aconteceu com a Walmart, onde um acidente com vítimas envolvendo seus motoristas ocasionou no pagamento de uma indenização de R$155 mil reais para o empregado, que ficou paraplégico.
2. Cálculo de custos
Como sempre falo por aqui, o CPK (custo por quilômetro) deve estar na ponta da língua de todo gestor. Esta conta deve conter a soma de todos os custos necessários para fazer o veículo cumprir sua função, dividida pelo número de quilômetros rodados, gerando assim, o valor por km rodado.
A princípio, o objetivo de todo gestor deve ser buscar a redução do CPK, trazendo maior lucro para empresa e a possibilidade de arrecadação de fundos de segurança, em caso de necessidade de manutenções ou troca de veículo.
3. Manutenção do veículo
Prevenir é melhor que remediar! Sendo assim, realizar um planejamento para manutenções frequentes pode sair mais barato do que ter que trocar o veículo de maneira inesperada.
Parar um veículo traz atrasos na prestação do serviço, prejudica o nome da empresa e aumenta os gastos com peças muito desgastadas que poderiam ter sido reparadas antes.
Por isso, invista em renovação de itens como limpador de para-brisa, freio, pneu, suspensão, lanterna e pisca alerta, com o objetivo de trazer maior segurança para o seu colaborador, pedestres e demais motoristas.
Leia também: Plano de Manutenção Preventiva: Como economizar 30% com gastos de manutenção
4. Descontos de Multas de trânsito
Saber realizar o desconto da maneira correta pode prevenir que sua empresa receba processos trabalhistas, do mesmo modo que evita desmotivar o colaborador com as cobranças.
Para isso, o gestor deve dar a possibilidade para que o infrator recorra à multa, utilizar um sistema que de fato comprove que o motorista estava com a posse do veículo naquele momento e pré-acordar o desconto da multa no contrato de trabalho ou na Política de Frota.
Quando for conversar com o seu motorista sobre uma multa que ele recebeu, faça de maneira positiva e particular, com o objetivo de incentivar a melhoria do desempenho e não humilhá-lo.
5. Política de Frota
A Política de Frota é um documento que estabelece regras para o uso do veículo, com o que é autorizado ou proibido, como:
- Velocidade máxima permitida;
- Descontos de multa;
- Se o condutor deve retornar o veículo com o tanque cheio;
- Onde abastecer;
- Cuidados com o veículo e limpeza.
Além disso, são considerados outros pontos que são importantes para um bom desempenho, como a segurança e convivência entre motoristas, contratantes e veículos.
Este documento é essencial para o gestor que deseja reduzir infrações e gastos com tópicos que poderiam ser facilmente acordados anteriormente. Para o motorista, a política representa um guia que garante segurança e conhecimento sobre as regras da empresa.
É importante frisar que, apesar dos descontos, o motorista deve receber pelo menos 30% dos seus rendimentos, sendo garantido pela CLT. Caso haja algum desconto que faça com que o pagamento chegue abaixo dos 30%, ele deve ser parcelado! Cumprir com as regras trabalhistas garante que sua empresa não sofra prejuízos com este tipo de processo.
Leve a sua gestão de frota para outro nível
Sabendo dos principais segredos ocultos da gestão de frotas, você tem total capacidade de lidar com essas questões.
O seu próximo passo, é conhecer o Contele Rastreador, um sistema de gestão de frota para você gerenciar os veículos da empresa, ter todas as informações em um só lugar, e o mais importante: reduzir o custo da frota.
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