Se você não sabe como partir do zero na gestão de frotas, esse post é para você.

Agora, junto com a ajuda de mais 3 gestores, vamos passar sobre os principais desafios da gestão de frotas, que julgo necessário o gestor dominar desde o princípio.

Qual o maior desafio na gestão de frotas?

Com experiência ou não, gestores de frotas enfrentam desafios diariamente, e a melhor forma de contorná-los é indo atrás de conhecimento.

Mas antes de chegarmos no conhecimento, eu fiz questão de saber dentro do meu público o que eles consideravam mais desafiador:

Qual o maior desafio do gestor para partir do zero na gestão de frotas?

De todas as 436 respostas, 40% considera a gestão de motoristas como o maior desafio para eles. Logo em seguida, vem a manutenção (31,4%) combustível (14,7%) e multas e organização da rotina empatados (6,9%).

Para que você saiba como partir do zero na gestão de frotas, vamos abordar alguns desses temas presentes na enquete.

1° assunto: Política de frota

Coloquei a política de frota como prioridade pois o seu conteúdo vai nortear a execução de outras tarefas.

Conhecida por muitos, aplicada por poucos, a política de frota é um documento que coloca em jogo as regras da empresa. Essas regras, relacionadas a utilização e gestão dos veículos por parte dos colaboradores da empresa.

Entre os assuntos documentados na gestão de frotas, encontramos:

  • Como proceder em situações com acidentes e multas;
  • Horário permitido para rodar com os veículos;
  • Velocidade máxima permitida em determinados trechos;
  • Quantidade mínima de combustível no momento de devolver para o pátio.

Além disso, também deve conter as penalizações para os motoristas que infringirem as regras, bem como a responsabilidade da empresa nessas situações.

Para garantir a eficiência desse processo, é necessário treinamento.

Além de fazer cada um assinar, é preciso que o motorista interprete e compreenda as regras para que a política seja eficaz.

Se hoje você não tem nada assim, baixe o nosso modelo de política de frota para aplicar na sua empresa.

2° assunto: Gestão dos motoristas

Para falar sobre gestão dos motoristas, eu convidei o Jackson Merlo, coordenador de uma frota com mais de 250 motoristas.

Segundo o Jackson, tratar sobre gestão dos motoristas é um grande desafio, pois estamos lidando com pessoas, e não ferramentas.

Para lidar com gestão de pessoas e relacionamentos, é preciso levar em conta algumas premissas da liderança, como estabelecer confiança com a equipe de motoristas e administrativa, bem como com a equipe de apoio.

Jackson Merlo

A dica do Jackson é simples e funcional:

Tanto para quem é gestor de frota, ou está tentando ser, é preciso adotar uma abordagem positiva, ser transparente, humilde e ter uma comunicação clara e assertiva. O gestor precisa dar o exemplo e seguir a política de frota da empresa. Além disso, é importante ser motivador e otimista.

É importante reiterar que a gestão de motoristas começa na contrato, e disso eu já falei com o Jackson neste artigo.

3° assunto: Organização da gestão de manutenção

Para falar sobre gestão de manutenção, chamei o Cléber Montrezor, gestor de frota há 3 anos, pós-graduado em gestão empresarial e logística.

Cléber afirma um fato: a manutenção preventiva é a melhor forma de economizar dinheiro a longo prazo. Isso acontece, pois, os problemas são identificados antes de acontecer.

Muitas empresas esperam um veículo parar de funcionar para levar a oficina, mas, sem perceberem, diminuem a produtividade e vida útil da sua frota.

Para você que está no zero, o Cléber recomenda alguns ações para implantar na sua frota:

  • Checklist do veículo: Ferramenta essencial para identificar avarias nos veículos, e o gestor ficar sabendo de imediato;
  • Ficha para cada veículo, permitindo o controle dos dados de manutenção e a identificação dos veículos que geram mais custos.

Se você quer saber mais, no blog tem uma categoria reservada para Controle de Manutenção.

4° assunto: Como saber o custo do CPK da Frota

Falar sobre CPK ficou sobre a responsabilidade do Luis Cleber. Ele é proprietário de uma empresa que atua em vários segmentos, como logística, detecção de fraudes, etc.

Para quem desconhece o termo, CPK é o custo por quilômetro rodado (coust per kilometer). Ao aplicar esse conceito à nossa vida pessoal, é como quando colocamos combustível em nossos carros e calculamos o custo por quilômetro. No entanto, em vez de ter outro carro para competir conosco, temos apenas um número que representa o custo por quilômetro rodado.

O CPK é um indicador que serve tanto para a área administrativa quanto para a área operacional. Na área administrativa, é usado para planejar as entregas. Na área operacional, é usado para medir a produtividade e identificar possíveis gargalos, uma vez que está intimamente ligado a custos fixos e variáveis. Se a empresa não conhece seus custos, terá menos rentabilidade, pois montará contratos desalinhados com sua realidade.

Para quem está começando, o ideal é identificar os principais custos fixos e variáveis e fazer um acompanhamento para saber quanto é gasto por quilômetro rodado por veículo. No final, é possível chegar ao valor que a empresa gasta por quilômetro rodado no mês.

Os custos fixos incluem motorista, seguro e licenciamento, enquanto os custos variáveis incluem combustível, pneus e manutenção.

É importante acompanhar esses custos e fazer uma gestão adequada para evitar problemas e ficar alinhado com o mercado. Mesmo um simples checklist pode ajudar a melhorar a gestão.

5° assunto: A importância do treinamento para diminuição do consumo

Para finalizar a conversa, abrimos a roda para colocarmos em evidência a importância do treinamento para a diminuição do consumo.

Cada um contribuiu com uma informação começando pelo Cléber, que mencionou a política de frota:

Faça um treinamento sobre a política de frota para todos os condutores. Após isso, elabore uma prova pelo Google Formulários para medir o conhecimento de cada um, referente ao que estava no documento.

Cléber Montrezor

Além disso, Cléber ressalta a necessidade do motorista conhecer a média de combustível que ele precisa fazer com o seu veículo.

Enquanto isso, Jackson reforça a necessidade do treinamento focado no motorista conhecer o veículo que está utilizando.

Atualmente, os veículos possuem muitas funcionalidades, mas muitos motoristas não sabem como usá-las.

Jackson Merlo

Na prática, esse alinhamento é fundamental para impactar positivamente os indicadores de infrações, consumo de combustível, manutenção e pneus, que são custos relevantes na frota.

Caminhando por outro lado, Luis Cléber evidencia a importante dos superiores participarem dos treinamentos.

De acordo com ele, todos devem estar abertos a novas informações, e se a própria empresa que realiza o treinamento não participa, o motorista fica perdido.

A sua equipe pode pensar que o treinamento não é essencial, portanto, o gestor de frota deve participar junto com alguém da diretoria. 

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Autor

O meu nome é Julio César, CEO da Contele Rastreador e autor deste blog. Graduado em Engenharia Eletrônica e em Processamento de Dados e MBA em Gestão Empresarial pela FGV.