É desafiador se tornar um ótimo gestor de frotas na visão do empregador e, que se destaca, e o mercado busca cada vez mais qualidades para esse profissional.
Para descobrir que qualidades as empresas mais buscam atualmente, eu conversei com o Rogério Bacini, proprietário da Transbacini, empresa transportadora de minérios e contei tudo aqui neste post.
Conteúdo
Quem é Rogério Bacini
Durante 25 anos, Rodrigo trabalhou como executivo de Marketing na indústria farmacêutica, mas, nos últimos 6 anos, se viu migrando para o empreendedorismo e criando uma empresa de transporte de minérios, a Transbacini.
Atualmente, a Transbacini conta com uma frota de 17 caminhões. Com sua vasta experiência, Rodrigo identificou quatro pilares essenciais para a gestão de frotas sob a perspectiva do empregador: combustível, manutenção, pneus e capacitação.
Esses pilares foram escolhidos por representarem os principais custos de uma frota.
1. Combustível
Os gastos com combustível podem estar ligados ao seu preço nos postos, a manutenção do veículo, mas o que mais impacta é o comportamento do motorista.
Um indicador para se acompanhar é a média de consumo por motorista, que aponta quantos quilômetros um motorista faz com o veículo por litro de combustível.
“Acompanhando as médias dos meus motoristas, percebi que se os motoristas que fazem a pior média, fizessem uma média igual aos melhores motoristas, a empresa teria uma economia de 50 mil reais por mês com combustível”.
Rogério Bacini
E se colocar na conta uma melhora de 0,10 km/l na média de combustível, será economizado mais 20 mil reais.
Para essa economia, é preciso instruir os motoristas e motivá-los.
Em um post que conversei com um motorista, ele nos explicou o que motiva um motorista a fazer a média de combustível.
2. Manutenção
Pela falta de planejamento, muitas empresas gastam mais do que deveriam com a manutenção da frota, e existe uma série de variáveis que fazem esse valor mudar.
Tudo começa na escolha dos prestadores de serviço que vão realizar a manutenção.
“Nós estamos com os melhores parceiros para fazer a manutenção? Os nossos fornecedores oferecem os melhores preços para comprar ferramentas?”
Rogério Bacini
Depois disso, é preciso planejar a parada dos veículos para realizar a manutenção preventiva.
Por precisar dos veículos mantendo sua rotatividade, muitos gestores não realizam a preventiva, no entanto, a falta de cuidados acaba implicando em falhas nos veículos.
Então, a manutenção corretiva, é em média 30% mais cara que a preventiva.
3. Pneus
Para Rogério, os pneus ficam na mesma situação que a manutenção: se não tiver um controle sobre este pilar, o seu CPK aumentará exponencialmente.
E, para se ter uma gestão de pneus efetiva, o gestor precisa registrar desde a compra até o descarte do pneu.
Entre as informações básicas que precisam ser coletadas, estão:
- Situação (em uso, estoque, etc.);
- Status (novo, recapado, etc.);
- Número de fogo;
- Fornecedor;
- Quilometragem rodada.
4. Treinamento e capacitação
Os veículos não andam sozinhos, e sabemos que o maior influenciador de seus resultados são os motoristas. Com isso, por que não capacitá-los para tornar sua condução melhor.
“O resultado só mudará se o comportamento das pessoas envolvidas, também mudar.”
Rogério Bacini
Hoje em dia, existem treinamentos com um bom custo-benefício, que permitem que os condutores aprendam a fazer uma condução segura e econômica, melhorando a média de consumo de combustível, e diminuindo multas e avarias nos veículos.
Além disso, o Rogério alerta pela necessidade de criar uma frequência de treinamentos:
“Quanto mais tempo os motoristas ficavam sem fazer o treinamento, mais as suas médias pioravam, o que indicava o efeito positivo que esses treinamentos traziam para nossa empresa.”
Rogério Bacini
Como posso convencer a diretoria a realizar meu projeto?
Agora que você sabe quais as atribuições do gestor de frotas na visão do empregador, e do que precisa fazer para trazer redução de custos para a empresa, é necessário passar o projeto para a diretoria aprovar.
E, para que seu projeto não seja descartado, Rogério explica que, o que não pode faltar nele, são argumentos.
“A falta de dados e argumentos impedem muitos projetos de começarem.”
Rogério Bacini
Uma forma de começar o seu projeto é coletando o histórico da frota do último ano, entre eles:
- A média do consumo de combustível;
- A quantidade de manutenções;
- Gastos totais em pneus;
- Quantidade de multas recebidas.
Com esses dados coletados, crie um plano de ação e argumente como ele fará a frota economizar.
Se você quer saber mais detalhes de como fazer isso, eu recomendo que você assista a essa live que fizemos com o Cléber Montrezor, onde ele apresenta os resultados de um ano que o seu projeto trouxe para a empresa.